CEO for One Month: cinco erros e incontáveis aprendizados

Guilherme Servidoni faz parte do movimento empresa júnior sendo presidente da CATI Jr. Também faz parte do conselho administrativo do Núcleo São Carlos e foi escolhido como CEO for one month no The Adecco Group entre mais de 4200 candidatos.

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Brincando de errar e aprendendo no caminho

O mundo corporativo é tão intimidador quanto parece à primeira vista, e simplesmente saber disso já te coloca em uma vantagem competitiva. O meu caso é uma exceção à regra, mas isso é mais uma razão para querer ajudar quem, assim como eu, ainda tenta entender as engrenagens por trás de grandes corporações, líderes impactantes e ideias transformadoras. Em julho de 2019, pude acompanhar a liderança brasileira do The Adecco Group, que é a maior multinacional do mundo em serviços de RH. Isso acabou me levando até a Alemanha para concluir a jornada, só que eu nunca tinha entrado em um escritório de terno e gravata. Vou aproveitar esse espaço e evitar que você cometa cinco errinhos que eu cometi, e caso você já faça parte do universo
terno-e-gravata-em-escritório, vê se você concorda e me conta depois.

Assertividade é norma

Quando eu ia apresentar algo para a liderança no Brasil, eu apresentava, perguntas eram feitas, respostas eram dadas, e depois disso você volta para o que tem que fazer, ponto final. Não é grosseria, é assertividade. Small talk consome tempo, e tempo é dinheiro. Uma corporação carrega a cultura da sua origem, e na Europa, por exemplo, negócios são negócios e a cerveja do fim do dia é a cerveja do fim do dia. Não faz sentido ir contra um fator cultural corporativo, e aprender assertividade não é para qualquer um, então por que não começar hoje?

Já cometeram o erro que você está prestes a cometer

Ninguém é imune a falhas, não importa a posição. Saber ouvir é um dom que pessoas de sucesso nunca acham que têm o suficiente, e isso permite que elas ouçam mais do que os outros para embasar decisões no maior número de insumos possível. Você não precisa falar para se destacar, precisa sim agir de acordo com o que é melhor no ambiente em que está inserido. Dentre outras razões, diretores paravam e me ouviam para entender o que eu já fiz de errado e aprenderem. Ouvir mais não é bom só pra você, é melhor ainda para sua empresa.

Erre e se deixe ser criticado

Essa aqui veio de propósito depois de eu dizer que já cometeram seu erro. Com certeza já cometeram, mas ninguém é onipresente para saber disso em todas as ocasiões. Você vai errar, vão te olhar com desapontamento e em alguns casos vai levar bastante tempo para recuperarem a confiança em você. Contudo, o que vai fazer a real diferença é o que você decidir fazer depois de errar: sentar em um
canto olhando para baixo nunca reerguerá nem você e nem qualquer empresa, mas perguntar para as pessoas certas porque elas acham que você errou e como elas fariam para não errarem vai te dar a oportunidade de evoluir. Quem nunca fez algo que deu errado que atire a primeira pedra, use os líderes ao seu redor para crescer.

Títulos passam longe de significar liderança

Falando de líderes ao seu redor, muito legal seu cargo de Diretor-Presidente-CEO-Mentor, mas citando Jo Owens, “você está levando as pessoas aonde elas não iriam sozinhas”? Se não estiver, seu título é só isso: um título. Pude acompanhar consultores que são verdadeiros líderes de times vorazes, que não têm título especial algum. Você não precisa de um título para impactar o
mundo à sua volta, e sim de atitude, e isso é algo que título nenhum te confere.

Atitude e autenticidade andam lado a lado

Nunca, jamais, tente ter atitude imitando as ações daqueles que você admira. Você é uma pessoa única e sempre vai ter um potencial imenso, mas imitação é a maneira mais cômoda de jogar esse potencial direto na lata do lixo. Inovação é algo que requer originalidade por definição, e você nunca vai descobrir um jeito melhor de fazer as coisas se basear suas ações em imitar outras pessoas. Se baseie nelas, se inspire em ídolos, mas construa o seu modus operandi até que, em algum ponto, se baseiem em você.

Não confie em manuais de liderança ou em coaches milagrosos, porque seu dinheiro não é ilimitado. Construa você o seu caminho, e saiba que o mundo corporativo não é perfeito e também não é pra todo mundo. Porém, é um lugar muito legal de se estar e, se existe uma chance de 0,02% de você experimentar ele antes da hora, corra atrás. Aconteceu comigo, e eu nunca tinha entrado em um escritório de terno e gravata.

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