Como a comunicação sobreviverá à crise?

Meu nome é Marcos Reis, sou engenheiro civil por formação e tenho MBA em gestão de negócios na FGV/SP. Sou diretor executivo de uma empresa de mídia, Topmídia, na minha cidade, Campo Grande, MS. Empresa ainda nova, criada há seis anos, mas já se consolidou como uma das três maiores do ramo no estado. 

Sem dúvida alguma, na minha opinião, o pior dos momentos vividos é este ano de 2020, tanto na esfera pessoal, quanto a profissional, explico: o fato é novo na vida de todos nós; uma doença respiratória que ainda não tem vacina ou remédio, que leva à óbito e não escolhe jovem ou idoso (em meu estado a maioria dos casos está abaixo dos 50 anos, por exemplo). 

Logicamente, tudo isso respingou nas empresas no geral. Especificamente nas empresas de comunicação, a retração é quase que total do mercado. A volatilidade das empresas anunciantes, quanto a lastro econômico, é explícita e a primeira coisa a se cortar é a publicidade. Entendam, jornais não são instituições de caridade e, sim, empresas de fins comerciais. Muitas não terão gás para suportar. As empresas de comunicação out off home ficarão diminuídas. 

O mercado hoje com tamanha retração partiu, mais do que nunca, para o digital, é por alí que a informação está chegando massivamente à população como um todo, tanto a atualização da pandemia, quanto anúncios e anunciantes, que, por questões estratégicas, estão chegando diretamente ao consumidor. Serviços tipo delivery são ‘o que há’ em tempos de coronavírus. 

Agora, após falarmos do ponto de vista econômico empresarial (acima), vale entrar na questão jornalística em si. Aqui, as fake news são o grande inimigo a ser batido, novamente explico: importantíssima a busca por informação sobre a pandemia através de fontes seguras. O papel de empresas sérias de informação é transmitir de forma segura; e isso hoje é vital pra que as pessoas fiquem realmente informadas em tempo real. Nesse período, isso pode, literalmente falando, salvar vidas. 

Para isso, sempre reforço que se busque àqueles com credibilidade, porque a avalanche de fake news tem sido um exponencial negativo neste 2020. Destruindo reputações, vidas e a própria informação em si. 

Marcos Cesar Américo dos Reis 

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