A transformação digital vem afetando nossos hábitos em todas as esferas, sejam elas econômicas ou sociais.
Ainda que, com atraso em relação a países desenvolvidos (ocupamos a 69ª colocação no Índice Global de Inovação), o Brasil vem entrando gradativamente na era da Indústria 4.0 (ou 4º Revolução Industrial), em que a palavra de ordem é informatização, buscando a automação de atividades baseando-se em dados.
Neste processo de mudanças tecnológicas e inovação, diferente do que muitos possam pensar, a comunicação ganha um papel ainda mais importante, pois precisa ser extremamente eficiente, assertiva e direta.
Essa transformação digital mudou não apenas o comportamento das empresas, mas também dos consumidores, e devido a essa conectividade se faz necessário uma comunicação extremamente estratégica. Afinal, não basta ter um produto ou serviço diferenciado no mercado, automatizado e bem estruturado, é fundamental um planejamento de comunicação que se preocupe com ética e valores, responsabilidade social e engajamento da marca.
O direcionamento ‘tradicional’ em que a comunicação é enviada unilateralmente (da marca para os seus públicos) perdeu o sentido nessa era da informação. O avanço de novos meios de comunicação, como as redes sociais, derrubou o padrão convencional de emissor e receptor, todos estão ativos no processo comunicativo. Temos cada vez mais ferramentas de comunicação à disposição, mas o diferencial está nas conversas colaborativas, mais do que falar é preciso saber ouvir os consumidores, proporcionando empatia e qualidade nos relacionamentos.
Com voz ativa, o público está cada vez mais exigente, por isso, o ponto central é colocar sentido no discurso, transmitindo mensagens relevantes, de maneira que conquiste e engaje os públicos. No entanto, é importante lembrar que é recomendável ser flexível e adaptável às mudanças, mas nada deve se sobrepor a autenticidade da marca para instigar a identificação, e acima de tudo, o diálogo.
A comunicação deve cumprir o papel de fazer sentido, conectar e transformar pessoas e processos, utilizando em cada momento os canais de comunicação e ferramentas que melhor contribuam para esta transformação.
Um planejamento assertivo de comunicação abrange a definição de objetivos claros e mensuráveis e a produção de mensagens transmitidas de forma eficaz a públicos definidos, e a utilização da mídia apropriada.
Em termos de formato, atualmente podemos trabalhar com as mais diversas formas de apresentação, os materiais produzidos podem incorporar inúmeros recursos multimídia, como fotografias, vídeos, podcasts, feeds de RSS, entre outras ferramentas de bookmarking social. È sempre necessário estudo e adequação para cada projeto a ser realizado.
Com tanta transformação e meios disponíveis, é imprescindível aos profissionais da área uma formação multidisciplinar, evidenciando características como: capacidade de adaptação; senso de urgência; bom relacionamento interpessoal e trabalho em rede, flexibilidade e capacidade de trabalhar em ambientes ambíguos e sob constante processo de mudança.
Os profissionais de comunicação devem ter um olhar 360º, sendo responsáveis por decodificar, organizar, planejar e disseminar a informação sem ruídos a seus públicos, sem deixar de monitorar as respostas deles. É de competência da tecnologia capturar e analisar as grandes quantidades de informações e dados produzidos, mas, na base de tudo, a comunicação é a chave dos processos bem-sucedidos.
Natalia Fernandes – Com experiência de mais de 9 anos na área, possui bacharelado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e MBA em Controladoria e Finanças. Certificações em Marketing de Conteúdo pela Rock Content, e Empreendedorismo e Assessoria de Imprensa pelo SENAC.
Natalia tem habilidade para transportar – ao papel – seu olhar do mundo, do outro. Sem dúvida, é uma profissional competente e dedicada. Abraço carinhoso,
Aurora Seles