Este post faz parte da série de transcrições das aulas de Psicologia Organizacional e do Trabalho ministradas pelo Professor André Bruttin no curso de Psicologia da PUC-SP
Aula 1
Nem todo trabalho é um emprego
Antes de entendermos o que é a psicologia organizacional, precisamos diferenciar duas palavras comumente usadas como sinônimos, mas que na verdade possuem significados diferentes: Emprego e Trabalho.
Nem todo trabalho é um emprego. Trabalho é um conjunto de atividades produtivas ou criativas que o homem exerce para atingir uma finalidade, geralmente de acordo com um determinado ideal. Já o emprego, por sua vez, é o trabalho em termos contratuais. Dessa maneira, existe um empregador que remunera um trabalhador por ceder suas forças produtivas. Um psicólogo clínico, por exemplo, é um trabalhador autônomo. Já um consultor de recursos humanos, é um empregado e trabalha em uma empresa, ou melhor, uma organização.
Qual o papel da Psicologia Organizacional?
Agora que já diferenciamos esses dois termos, podemos começar a entender melhor a dinâmica da psicologia organizacional. Esse ramo da psicologia visa regular e coordenar o relacionamento entre a organização/empresa e o trabalhador/empregado, buscando sempre o equilíbrio e areciprocidade.
Ou seja, a psicologia organizacional nada mais faz além de deixar a relação trabalhador – empresa boa para os dois lados!
Para isso, o setor organizacional de uma empresa age com o objetivo de melhorar a produtividade empresarial e o desempenho dos trabalhadores. Ao mesmo tempo, visa a satisfação, o bem-estar e a qualidade de vida do trabalhador no ambiente organizacional.
Um trabalhador motivado, saudável e feliz, terá um melhor desempenho na empresa, e será mais produtivo! Portanto, é essencial que a empresa invista em maneiras de melhorar as condições de trabalho de seus funcionários. Dessa forma, os dois lados ganham!
Como atua a Psicologia Organizacional
Agora vamos falar sobre algumas atuações do psicólogo organizacional para promover a reciprocidade no ambiente empresarial:
- Motivação: manter os funcionários motivados garante que eles tenham propósito em trabalhar para a empresa. Consequentemente, produzem mais e melhor. A motivação pode ser aplicada de diversas maneiras: um bônus no final do mês, um brinde ou selecionar um funcionário do mês, entre outras coisas.
- Qualidade de vida: promover a qualidade de vida, garante que o funcionário esteja saudável, e com isso trabalhe melhor! Muitas empresas criam convênios com academias, ou promovem atividades dentro da empresa para engajar os funcionários em uma vida mais saudável.
- Recrutamento e seleção: é importante selecionar e contratar funcionários que compartilhem a visão e os valores da empresa e estejam alinhados ao perfil da organização. Se o funcionário compartilha dos ideais da empresa, tem mais propósito para realizar suas funções.
- Treinamento e desenvolvimento: Um funcionário capacitado trabalha melhor e se sente mais preparado para os desafios da organização.
- Clima Organizacional: gestão da satisfação dos trabalhadores em relação às condições de trabalho.
- Mediação de conflitos: é importante que o funcionário tenha confiança na organização em momentos de conflito de interesses. Da mesma maneira, é importante que a relação empresa – trabalhador seja mediada de maneira a garantir os melhores interesses para cada um dos lados.
- Cultura Organizacional: Cada empresa possui seu perfil e personalidade, assim como métodos, valores, visões, missões, mercado, publico alvo, entre outros. É importante um funcionário entender e compartilhar da cultura organizacional de sua empresa. Dessa maneira torna-se mais fácil se sentir uma parte importante do mecanismo empresarial. Assim, trabalha pelos ideais de sua organização e aplica sua força produtiva da melhor maneira para a empresa!
Escrito e editado por Olívia Campos